Estudo da UMinho refere que praticar mergulho, seja de forma recreativa ou profissional, provoca alterações temporárias no sistema ocular que não são prejudiciais.
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Esta é a conclusão de uma investigação do Departamento de Física da Escola de Ciências da UMinho, apresentada na tese de mestrado de Miguel Gomes em Optometria Avançada.
O estudo, intitulado “Alterações oculares em profundidades aquáticas”, envolveu seis mergulhadores, três experientes e três novatos, que mergulharam numa piscina municipal.
Foram avaliados parâmetros como refração, acuidade visual e pressão intraocular antes, imediatamente após e meia hora depois do mergulho.
Miguel Gomes destaca que a investigação procurou explorar limites de profundidade e tempo de mergulho para melhor entender os efeitos.
Na literatura científica, existe pouca informação sobre os impactos do mergulho no sistema visual. Este estudo detetou alterações na pressão intraocular e outras variações óticas, todas reversíveis após o mergulho.
“Mostrámos a capacidade de adaptação do olho humano até cinco metros de profundidade e meia hora de mergulho, registando mudanças visuais temporárias e não clinicamente significativas”, resume Miguel Gomes da UMinho.