A Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou hoje que durante uma operação de busca na Porto Comercial e na loja de um associado do Futebol Clube do Porto foram confiscados “vários milhares” de bilhetes para jogos e quantias em dinheiro, resultando na constituição de várias pessoas como arguidas.
De acordo com fonte oficial da PSP, já foram recolhidos “vários milhares de ingressos para eventos desportivos, assim como valores monetários, tendo mais de uma dezena de indivíduos sido constituídos arguidos”.
As buscas tiveram início durante a manhã para “cumprir vários mandados judiciais” e contam com o apoio de várias unidades policiais, conforme informado pela mesma fonte.
Em comunicado, a direção portuense informou que tanto a Porto Comercial, empresa integrante do grupo empresarial do FC Porto, como a loja de um associado do clube, estão a ser alvo de buscas no Estádio do Dragão.
Segundo fonte da PSP, estas diligências, ainda em curso, estão relacionadas com a Operação Pretoriano.
Estas buscas ocorrem poucas horas antes dos “dragões”, atual quarto classificado da I Liga com 66 pontos, enfrentar o Boavista, 14º classificado com 31 pontos, num dérbi portuense marcado para as 20h30, sob arbitragem de Artur Soares Dias, da Associação de Futebol do Porto.
A Operação Pretoriano investiga os incidentes ocorridos na Assembleia Geral (AG) do FC Porto em 13 de novembro de 2023, onde o Ministério Público alega que a claque Super Dragões tentou “criar um clima de intimidação e medo” para aprovar uma revisão estatutária em benefício da então direção ‘azul e branca’, liderada por Pinto da Costa.
Em 31 de janeiro deste ano, a PSP deteve 12 pessoas – incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira “Macaco”, que permanece em prisão preventiva, juntamente com Hugo Carneiro.