A Câmara de Esposende afirmou hoje ter cumprido “todos os compromissos estabelecidos com o SC Braga e o CF Fão”, conforme o contrato promessa assinado a 8 de novembro de 2018, relativo ao Complexo Desportivo de Fão.
Apesar dos esforços significativos da Câmara Municipal, a responsabilidade pela legalização do Complexo Desportivo de Fão cabia exclusivamente ao Clube de Futebol de Fão.
Segundo a Câmara, “não lhes era possível agir em nome do clube ou substituí-lo no processo de legalização”.
Compromissos não cumpridos pelo CF Fão
Durante o processo de licenciamento, a Câmara Municipal constatou que o Clube de Futebol de Fão “adotou uma agenda própria e deixou de cumprir os compromissos assumidos, impedindo a legalização do complexo em tempo útil”.
“Esta falta de cumprimento levou à venda judicial do Complexo Desportivo, uma vez que a Câmara não podia opor-se a este processo”, refere a autarquia liderada por Benjamim Pereira.
“Cláusula de Reversão” e proteção dos interesses da comunidade
Apesar de venda judicial, a Câmara Municipal conseguiu assegurar a manutenção da cláusula de reversão, garantindo a proteção dos interesses da comunidade de Fão e Esposende.
A Câmara lamenta que “devido a fatores externos, os compromissos não tenham sido honrados”, lembrando que “foi a direção do Clube de Futebol de Fão que procurou o SC Braga para resolver um problema financeiro grave que se arrastava há mais de uma década”.
Projeto desportivo do SC Braga: “Uma oportunidade perdida”
A Câmara Municipal expressou entusiasmo pelo projeto desportivo do SC Braga, que prometia promover “a prática desportiva e o território a nível nacional, respeitando a história do Clube de Futebol de Fão”.
“No entanto, essa oportunidade não se concretizou, resultando numa perda significativa para a Vila de Fão e para o Município de Esposende” com a posição firme do SC Braga em abandonar o projeto naquele complexo.
Próximos passos e defesa dos interesses municipais
A Câmara Municipal “aguarda novos desenvolvimentos” dos intervenientes neste processo e continua “a defender os seus interesses nas instâncias judiciais, se necessário”.
O SC Braga defende agora um pedido de indemnização ao CF Fão, que pode ascender aos 2 milhões de euros.