Esta abordagem “mais estética e artística pode dar uma expressão única” ao artesanato em palha que se trabalha em Fafe, reconheceu Paula Nogueira, acrescentando que “esta exposição vem consolidar o nosso maior argumento, consolidar as nossas tradições e elevar com este produto final o nome de Fafe para fora”.
Esta exposição de Julie Lambert surgiu da residência artística para a bienal Contextile 2022, em Guimarães, e que teve a cooperação do Museu da Palha de Fafe e artesãos locais. Assim, ainda antes da sua deslocação para o Quebec, onde em junho deste ano a artista levará esta exposição à BILP (Biennial International du Lin de Portneuf), Julie Lambert e o Município de Fafe entenderam que era obrigatório a presença da exposição “Conversar. Entre o Corpo e a Palha”, pelo que ela representa para o território e para os artesãos locais.
“Do outro lado do Atlântico vão ouvir falar do nosso trabalho e tradições”, sugeriu orgulhosamente Paula Nogueira, acrescentando que “este “material simples e modesto poderá elevar a outra dimensão, pela inovação criar e abrir horizontes desta arte simples e humilde que é trabalhar a palha”.
A presença da exposição “Conversar. Entre o Corpo e a Palha”, bem como da artista Julie Lambert, será complementada com uma residência artística até 24 março, em contexto e em cocriação com a comunidade de artesãos da palha de Fafe. O resultado artístico será apresentado no Arquivo Municipal, no dia 24 março de 2023.
Recorde-se que Fafe dispõe desde 2015 o primeiro Museu da Palha do país, na freguesia de Golães, e dedicado ao artesanato em palha, tão característico neste concelho minhoto.