População de Apúlia em Esposende, nomeadamente os proprietários de casas, maioria segunda habitação, querem travar o plano de demolição do complexo habitacional em Cedovém e Pedrinhas, ameaçado pelo avanço do mar.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA), fruto do plano de ordenamento costeiro, vai avançar demolição de 180 construções em Esposende, que agora os locais querem travar em Assembleia de Freguesia numa Sessão Extraordinária para este sábado, 7 de dezembro.
O objetivo é a reprovação do plano apresentado pela APA e pela Câmara de Esposende para a área, assim como a defesa da manutenção dos aglomerados habitacionais de Cedovém e Pedrinhas.
Além disse, na ordem de trabalho está ainda a proposta de interpor uma “providência cautelar contra o Estado e a APA”, de modo a assegurar a proteção das dunas e evitar as demolições planeadas.
O reconhecimento da propriedade coletiva do Baldio dos Sargaceiros, uma área de importância histórica e comunitária, é outra das propostas.
Contexto: Demolições planeadas com orçamento garantido
Os planos da APA e da Câmara de Esposende para a demolição de habitações em Cedovém e Pedrinhas têm gerado polémica ao longo dos últimos anos. De acordo com informações públicas, já existe “cabimentação orçamental” para a execução das obras, o que intensifica o sentimento de urgência por parte dos moradores.
Estes argumentam que as medidas não só ameaçam desalojar famílias como também ignoram a importância cultural e histórica das comunidades locais.
Comunidade reage em defesa do território
O grupo de moradores envolvido no processo salienta a necessidade de “proteger não apenas as suas casas”, mas também o “ecossistema das dunas que, segundo afirmam, está em risco devido às intervenções mal feitas nomeadamente num esporão“.