O relatório é fruto do programa de observação GelAvista, conduzido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Registos indicam que caravelas-portuguesas foram avistadas nas praias de Ofir e Ramalha, em Esposende, bem como ao largo de várias praias de Viana do Castelo, ampliando sua área de distribuição.
Também há relatos, mas não confirmados pelo GelAvista, nas praias de Suave Mar em Marinhas, concelho de Esposende.
Os avistamentos também continuam a ocorrer na Póvoa de Varzim, nas praias do Esteiro, cabo de Santo André, Barranha, Estela, Fragosa, Beijinhos, Lagoa e Carvalhido. Em Vila do Conde, foram avistadas nas praias de Terra Nova e Ladeira Norte.
Os avistamentos frequentes têm gerado atenção entre os veraneantes, levando o programa GelAvista a emitir um alerta nas redes sociais. No entanto, especialistas garantem que esse aumento não deve causar alarme, pois “as caravelas-portuguesas são comuns nas águas de Portugal ao longo do ano, especialmente nos meses de verão nos Açores e Madeira“.
A expansão das caravelas-portuguesas para áreas mais ao norte é atribuída à influência de ventos e correntes marítimas, que as levam até a costa.
Essas criaturas são impulsionadas por uma estrutura semelhante a um balão flutuante chamada pneumatóforo, que as direciona para as praias, onde acabam encalhando.
No entanto, é importante notar que as caravelas-portuguesas possuem tentáculos urticantes que podem causar queimaduras graves. O GelAvista adverte para “evitar qualquer contato com esses tentáculos e recomenda alertar imediatamente os nadadores-salvadores ao avistar essas criaturas”.
Apesar do aumento dos avistamentos de caravelas-portuguesas em praias do norte e centro do país, os especialistas garantem que “não há motivo para pânico”.
A população local e os visitantes são aconselhados a manter a cautela e a reportar qualquer avistamento às autoridades competentes.