A corrida à Câmara Municipal de Braga já começou há algum tempo, desde logo, com as discussões na praça pública, sobre o que foi ou não foi feito pelo actual executivo, os candidatos, os outdoors, e até a polémica com o Governo da República Portuguesa, que começou em Lisboa, passou por Espinho, terminando em Braga.
Quando me perguntam a que candidato pondero atribuir o meu voto, respondo que será no “candidato ideal”. E quem será o “candidato ideal”? Será aquele que maximize as virtudes e minimize os defeitos dos desempenhos dos anteriores alcaides da CM Braga, desde o início do século XX, até ao presente.
O “candidato ideal”, e seguindo por ordem alfabética as diferentes áreas de actuação, deverá ter uma preocupação face ao AMBIENTE, nomeadamente no que toca à gestão de resíduos e criação de espaços verdes, tendo como exemplos: Domingos Fonseca Martins (1904), Manuel Ferreira Capa (1926), Domingos José Soares (1929), Francisco Araújo Malheiro (1940), Mesquita Machado (1980, 1997 e 1998) e Ricardo Rio (2018).
No que toca à CULTURA, o “candidato ideal” deverá inspirar-se nos exemplos de dinamização levados a efeito por Lopes Gonçalves (1913), Santos da Cunha (1949 a 1961), Mesquita Machado (2006 e 2012) e Ricardo Rio (2025). Quanto aos exemplos de DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO, o “candidato ideal” deverá focar-se na acção dos presidentes: Cipriano de Castro Martins (1932), Santos da Cunha (1953), Viriato Nunes (1965 a 1969), Benjamim Leite Cardoso (1974), Mesquita Machado (1981) e Ricardo Rio (2014 e 2018).
Na EDUCAÇÃO, as preocupações de Lopes Gonçalves (1913), a conquista de Rêgo Amorim (1973) e a obra de Mesquita Machado (1979, 1985 e 1995), enquanto, na GESTÃO URBANÍSTICA e OBRAS MUNICIPAIS, o “candidato ideal” deverá tomar em consideração, o papel determinante de Lopes Gonçalves (1912 a 1915), Francisco Machado Owen (1945), Santos da Cunha (1951 a 1953), Viriato Nunes (1964 e 1969) e Mesquita Machado (1978, 1982, 1991, 1995, 1997 e 2000).
Na HABITAÇÃO, um tema muito em foco no país nos últimos anos, o “candidato ideal” poderá encontrar exemplos do passado, nos mandatos de Alfredo Machado (1908), Francisco Araújo Malheiro (1939 e 1963), Francisco Machado Owen (1945 e 1949), Santos da Cunha (1950, 1958 e 1961), Vítor Branco (1975) e Mesquita Machado (1980, 1994 e 1999). No domínio da INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, os investimentos surgidos em tempos de Mesquita Machado (2009) e Ricardo Rio (2017 e 2021), poderão iluminar o caminho do “candidato ideal”.
Quanto à MOBILIDADE, um assunto tão caro na actualidade aos bracarenses, o “candidato ideal” deverá tomar exemplos, como os de: Domingos Fonseca Martins (1904), Domingos José Soares (1906), Alfredo Machado (1908), Lopes Gonçalves (1914), João Lima (1923), Albino José Rodrigues (1933 e 1936), Francisco Machado Owen (1947), Santos da Cunha (1951 e 1956), Francisco Araújo Malheiro (1962 e 1963), Vítor Branco (1975) e Mesquita Machado (1977, 1982, 2000, 2003 a 2005).
Passando ao PATRIMÓNIO, o “candidato ideal”, terá matérias a aprender, nos mandatos de Domingos José Soares (1910), Lopes Gonçalves (1913), Mesquita Machado (1977, 1987, 1994 e 2011) e Ricardo Rio (2015, 2019, 2022, 2024 e 2025). Quanto ao POLICIAMENTO & SEGURANÇA, João Lima (1925), Santos da Cunha (1950), Francisco Araújo Malheiro (1963) e Mesquita Machado (2001 e 2002), têm matérias a considerar pelo “candidato ideal”.
A POLÍTICA, que terá paralelismo com o pelouro COOPERAÇÃO REGIONAL, passará pela reivindicação de mais direitos e recursos junto do Governo de Portugal, através da Regionalização, com a criação da Região do Minho, devidamente separada de outras regiões, nomeadamente, a Área Metropolitana do Porto. Assim, o “candidato ideal”, muito se poderá inspirar nas acções de Lopes Gonçalves (1912 a 1915), Francisco Araújo Malheiro (1944), Santos da Cunha (1949 a 1961) e Mesquita Machado (1980, 1981 e 1998).
No plano SOCIAL, haverá a considerar o papel de Francisco Araújo Malheiro (1939) e Mesquita Machado (1994), enquanto, na SAÚDE, promover uma maior oferta de serviços a Braga, e ao Minho, tendo em consideração os estabelecimentos surgidos nos mandatos de Santos da Cunha (1960), Mesquita Machado (2010 e 2011) e Ricardo Rio (2014, 2019 e 2020).
Sobre os dois últimos alcaides, Mesquita Machado e Ricardo Rio, que, juntos, detiveram o poder municipal por quase meio século – a título de exemplo, Santos da Cunha fica atrás de ambos no tempo à frente do município – de uma forma sucinta, se poderá afirmar que, o “candidato ideal”, poderá guiar-se pela vertente obreira de Mesquita Machado, ainda que, muitas vezes – e paradoxalmente às suas intenções teóricas – mal planeada e com grandes consequências para o espaço físico e finanças municipais, mas, por outro lado, seguir o seu interesse pela regionalização do país.
Quanto a Ricardo Rio, o “candidato ideal” poderá beber da aplicação de estratégia com sustentação académica e empresarial, de parte do actual alcaide, mas, estratégia essa que, não foi acompanhada de grandes avanços no terreno, e, também, com a dispersão da sua atenção na comunicação social, imediatismo nas redes sociais, entre outros périplos de networking pelo mundo, quiçá, por não puder ambicionar uma carreira autárquica tão longa, como a de Mesquita Machado, e ter de se reposicionar profissionalmente, de 2026 em diante.