Estas estruturas retangulares, também chamadas de canastros, caniços ou hórreos, são comumente construídas em pedra, principalmente granito, e madeira, e têm como função secar o milho evitando que seja destruído por roedores.
A Rede Horrea, que se dedica à preservação e valorização das estruturas de armazenamento agrícola, preocupa-se com a potencial perda deste património e do conhecimento edificado associado, que poderá resultar da desertificação das aldeias e do abandono das práticas agrícolas.
A vertente portuguesa da rede será apresentada formalmente no II Encontro Internacional da Rede Horrea, que decorrerá de 19 a 21 de maio, em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo.
O objetivo da rede é classificar o património construído e imaterial, o que inclui a caracterização da paisagem, o conhecimento da construção e o trabalho com pedra, madeira e outros materiais.
A rede tem iniciado contactos com vários Municípios do Norte e Centro de Portugal, onde existem estes espigueiros, tendo recebido respostas positivas de muitos deles.
A APRUPP, associação portuguesa de reabilitação urbana e proteção do património, tem colaborado com vários municípios na identificação destas estruturas, cujo trabalho será apresentado no próximo encontro internacional.