No contexto das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, a Câmara de Viana do Castelo apresentou hoje o livro “Uma viagem sem regresso: Os que pela Pátria deram a vida”.
Esta publicação apresentada em Viana, da autoria de Rodrigo André Vitorino Vaz, presta homenagem aos 41 vianenses que perderam suas vidas em terras africanas durante a Guerra do Ultramar.
Com um prefácio escrito por Pedro Lauret, Capitão de Abril e membro do MFA, o livro oferece uma oportunidade de eternizar a memória daqueles que partiram de Viana do Castelo e não retornaram.
Durante a apresentação, Luís Nobre, presidente da Câmara, destacou a persistência da ferida social causada pela Guerra do Ultramar, afirmando que ainda hoje afeta muitas famílias portuguesas.
O livro foi apresentado por José Luís Carvalhido da Ponte, ex-combatente na Guiné-Bissau, que expressou o desejo de que esta obra leve à reflexão e ajude alguns a encontrar paz em relação ao passado.
Rodrigo Vaz ressaltou a importância de recolher testemunhos dos portugueses que participaram no conflito, afirmando que isso é fundamental para compreender as experiências de guerra e dar voz àqueles que nunca a tiveram.
Representando o Chefe do Estado-Maior do Exército, o Major-General Francisco Fonseca Rijo elogiou o esforço de pesquisa representado pela publicação, destacando seu papel em perpetuar a memória daqueles que serviram Portugal.
Durante os treze anos de guerra, entre 1961 e 1974, cerca de 1 milhão de jovens foram mobilizados, com aproximadamente 10 mil portugueses a perder a vida em África e 30 mil feridos, física e emocionalmente, pelo conflito.
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