Em entrevista ao “Sentido Único” do E24, e no âmbito de uma questão a propósito do financiamento do IPVC, Carlos Rodrigues deu em nota que a situação é “incomportável”.
“Acontece que o IPVC, mas também o Bragança, IPCA e Porto, que desde 2020 ainda não fomos reembolsados com qualquer despesa com alunos que formamos no CTeSP. Acontece que temos cerca de mil alunos em CTeSP e para uma instituição como a nossa não pode acontecer”, deu nota Carlos Rodrigues., recentemente empossado para mais um mandato no IPVC.
Segundo ainda o presidente do IPVC, a situação da instituição do ponto de vista do financiamento “não tem qualquer desequilíbrio orçamental”, mas a situação dos CTeSP acabam por “provocar dificuldades de tesouraria”.
Recorde-se que o aviso lançado pelo Governo em março ao abrigo do Norte 2030 estabelece uma dotação de 26,8 milhões de euros para os CTeSP, dos quais 15 milhões para o norte. Valor este que é “metade dos custos calculados pelos institutos politécnicos da região”.
Quase 21 mil alunos estão inscritos nos CTeSP, destes 41% estavam inscritos no Norte. Com a falta de reforço da verba, estes cursos acabam por refletir um grande prejuízo para os orçamentos das instituições de Ensino Superior.
Carlos Rodrigues levanta ainda outra questão no que diz respeito ao financiamento das instituições situadas em território de baixa densidade.
“Tem que haver uma discriminação pela positiva no Orçamento de Estado. As instituições situadas em áreas de menor densidade populacional têm despesas operacionais acentuadas devido às distâncias geográficas e à necessidade de maior investimento para manter a qualidade das atividades. A falta de ajuste financeiro para lidar com esses desafios específicos tem suscitado debates sobre a necessidade de reformular a fórmula de financiamento ou fortalecer as políticas de coesão. Não é a mesma coisa fazer o mesmo em um território de grande centro urbano do que em uma região de baixa densidade populacional”, destacou o presidente do IPVC.
No entanto Carlos Rodrigues deu garantia que no próximo ano letivo as propinas no IPVC não vão ser mexidas, dando assim continuidade ao valor do ano letivo transato.