No entanto, e em comunicado, ambos têm abordagens diferentes ao tema.
Se por um lado o CDS-PP aplaude o gabinete de juristas que a Câmara contratou – ao que tudo indica advogados do gabinete do ex-candidato do CDS-PP à Câmara de Esposende, Areia de Carvalho – por outro os centristas frisam que a questão é supra partidária.
“O mérito deste trabalho é coletivo, das populações aos autarcas, não sendo exclusivo de nenhum partido, por muito que algum ou alguns se tentem disso aproveitar e fazer bandeira”, afirma o partido ainda liderado por Rui Silva.
Já o PS, e através de nota do líder da bancada socialista na Assembleia Municipal, Tito Evangelista, manifesta alegria num caminho que ainda vai percorrer os corredores da Assembleia da República e dá conta que a proposta de desagregação – no caso da UF de Marinhas, Esposende e Gandra – que anteriormente veio à Assembleia Municipal de 28 de abril de 2022 “era na nossa opinião melhor do que esta”.
No entanto, o PS não quer ser “pedra no sapato” e aprova a proposta elaborada em modo standard pelo Município de Esposende para as freguesias.
Os socialistas não deixam no entanto de apontar o dedo ao edil de Esposende, Benjamim Pereira.
“Se não fosse o inaceitável comportamento do presidente da Câmara de Esposende, líder da concelhia local, que para fazer um número político mandou os seus deputados devolver, sem fundamento, a proposta da Assembleia de Freguesia de Esposende, Marinhas e Gandra, há seis meses que a mesma já tinha chegado à Assembleia da República, como podia, e devia, ter acontecido”, destaca Tito Evangelista.
Ora, também Benjamim Pereira lançou um comunicado sobre o assunto. Acuso o PS de Esposende de se ter limitado “à propaganda” e “à crítica”.
“Numa tentativa de fazer prova de vida, colocando, até, em risco, o sucesso destes processos, tentando, entre outros, precipitar, de forma irresponsável a sua entrega. Não satisfeitos com esta atuação, em Assembleia Municipal realizada hoje apenas com o propósito de aprovar os processos de desagregação, o PS local entendeu, em declaração de voto, macular a ata, com insinuações falaciosas a respeito da construção do processo, e que servem apenas para prejudicar o processo em sede de Assembleia da República”, deu nota.
Benjamim Pereira coloca agora pressão na Assembleia da República, pois afirma que foi “com sentido de dever cumprido, que o PSD de Esposende regista a importância da Sessão da Assembleia Municipal e que assinalou um passo determinante na materialização do objetivo que a todos deve unir, que é a Desagregação das Freguesias do Concelho de Esposende, devolvendo-se às suas populações a autonomia histórica e territorial de cada uma das 15 freguesias do concelho”.