Em nota enviada às redações, Benjamim Pereira condenou de forma “veemente” as tentativas de tentar “culpar a autarquia e os seus técnicos pela trágica derrocada registada na semana passada em Palmeira de Faro, e que resultou na morte de dois jovens, deixando também duras críticas à imprensa.
Esta nota da autarquia surgiu já depois de, no domingo, o PS de Esposende dizer que tem “sérias suspeitas” de que a Câmara e o seu presidente “têm responsabilidade” na derrocada, revelando, em comunicado de imprensa, que ia pedir à Procuradoria-Geral da República que solicitasse ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil para “efetuar uma perícia que determine o que efetivamente ocorreu”.
A Câmara expressou que não podia “deixar de condenar de forma veemente o posicionamento de alguma imprensa tentado culpar a Câmara Municipal e os seus técnicos”, tendo em conta “informação insuficiente, incompleta e recolhida no calor de um episódio tão doloroso”.
“O desconhecimento da legislação que enquadra as competências dos municípios, nomeadamente sobre a aplicação do Regime Jurídico de Urbanização e Edificação, aliada à vontade de encontrar um culpado conduziu a opinião pública a um julgamento sumário sobre o município que se apresenta como uma insuportável injustiça”, considera Benjamim Pereira.
Mas a Câmara de Esposende vai mais longe e atira: “Sem qualquer suporte técnico, limitaram-se a dizer o que lhes pareceu mais óbvio, desconhecendo os reais limites dos prédios, se houve ou não intervenções de particulares no local ou nas proximidades, ignorando mesmo as anormais condições climatéricas verificadas com níveis de pluviosidade elevados que haviam ocorrido durante o dia e noite em questão”.
Desta forma, o município, que fala em “desconhecimento, incompetência” e até “intencionalidade”, diz que “não produzirá mais nenhum comunicado” sobre a matéria e aguardará, “com serenidade, as conclusões das entidades de investigação, focando a sua atenção no apoio às famílias deslocadas e aos familiares das vítimas”.