Foi uma semana muito marcante e cujos momentos, imagens e inspirações continuam bem vivas em mim.
Tive a felicidade incrível de umas catequeses em português serem dadas na igreja que ficava paredes meias com o meu alojamento (Igreja de San Sebastian, um lugar muito especial, berço de Santa Maravilhas de Jesus e de outros dois beatos espanhóis, para além de ter sido a Igreja onde foi batizado….Miguel de Cervantes). Essas catequeses eram organizadas pelos peregrinos brasileiros, pelo que fiquei logo a saber, no primeiro dia, antes de quase toda a gente (exceto os próprios), que o Brasil iria acolher as jornadas seguintes.
Lembro-me bem de uma catequese, dada pelo arcebispo de São Paulo, Odilo Pedro Scherer, na qual o cardeal contava com graça as peripécias havidas num passeio que deram no dia anterior, em que o GPS, volta e meia, ia reformulando a rota porque o motorista se havia enganado.
O cardeal pegou nesse exemplo para dizer-nos que Deus é o nosso GPS na nossa vida pessoal, que está sempre a querer colocar-nos na rota certa. Só temos é que, tal como acontece com o GPS do carro, de deixar-nos guiar por Ele.
Outra recordação especial dessa jornada é a dos testemunhos de fé, que sucediam às palestras. Histórias de vida de jovens, marcadas por infortúnios ou tragédias pessoais, mas nas quais houve, a certo momento, um momento de superação, mostrando-nos que, apoiados na fé, é possível levantar depois de cair, mesmo quando a queda é muito dura.
Razão tem D. Américo Aguiar quando diz que ninguém será o mesmo depois de participar numa Jornada Mundial da Juventude. A JMJ é, garantidamente, o princípio de uma nova vida de qualquer jovem que nela participa.
Nesta edição, em Lisboa, assistirei de fora, mas com o coração e as orações viradas para uma cidade que também é minha.
Aos jovens esposendenses, que se encontram por Lisboa, espero e faço votos para aproveitem ao máximo a jornada, que será impactante para as suas vidas.
Que façam bons propósitos e, sobretudo, que depois do próximo domingo tomem ação a partir dessas resoluções, procurando testemunhar que, entre tantos modos de viver que hoje o mundo parece oferecer-nos – todos aparentemente do mesmo nível –, só seguindo Jesus é que se encontra o verdadeiro sentido da vida e, consequentemente, a alegria verdadeira e duradoura.