Na apresentação da programação até dezembro dos espaços da cooperativa A Oficina aos jornalistas, hoje de manhã em Guimarães, a diretora artística do CIAJG, Marta Mestre, salientou que o museu vai agora “olhar para o território desta região e para os artistas visuais que estão aqui a trabalhar”.
Bárbara Fonte, Lucas Carneiro e Manuel Costa, Cláudia Cibrão e Guache são os quatro vencedores da nona edição dos Laboratórios de Verão, um projeto conjunto do CIAJG e do gnration, de Braga, que vão ver agora os seus trabalhos expostos em Guimarães, até ao dia 28 de janeiro.
No gnration, as apresentações dos projetos acontecem entre 08 e 16 deste mês
Já “Cifra”, de Dayana Lucas, nascida em Caracas em 1987 e atualmente radicada no Porto, mostra o trabalho de uma artista a quem o público deve estar atento, na opinião de Marta Mestre, apresentando “uma visão completamente pouco convencional do que [se pode] entender como desenho”.
“A sua produção artística encontra inspiração em territórios muito diversos: poesia, palavras, música, cinema, escultura e design. É impura e colaborativa, baseada em encontros com pessoas, seres, coisas. É livre e afirma uma voz individual e coletiva ao mesmo tempo”, pode ler-se na programação do CIAJG.
“Cifra” fica em exposição em Guimarães até abril do próximo ano
O CIAJG vai receber em novembro os “Primeiros encontros”, dedicados à população migrante residente em Guimarães: “As histórias de vida, as viagens, a diversidade, a inclusão, a(s) cultura(s)… serão temas para debater e partilhar num lugar seguro de escuta, de fala e de reflexão acerca de questões tão importantes na contemporaneidade”.
A ideia de multiculturalidade foi realçada pelos vários intervenientes na conferência de imprensa de hoje, em particular pelo diretor do serviço de educação e mediação cultural, Francisco Neves, e pelo diretor do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), Rui Torrinha, que realçaram a abertura a novos públicos.
Essa “alteração sociológica”, mas também de “sensibilidade”, vai ser sentida de forma mais pronunciada na programação de 2024, disse Rui Torrinha, sublinhando que “a programação é um ato de pensamento que reflete o que é o próprio território”.
No CCVF, a ‘rentrée’ é feita na sexta-feira com o habitual Manta, no jardim, com as atuações de Tristany e de Lura, seguindo-se, no sábado, Aline Frazão e Nancy Vieira.
O CCVF vai comemorar 18 anos este mês, com Jonas&Lander, Gabriel Prokofiev e Mr Switch com a Orquestra de Guimarães e um concerto gratuito de Pedro Mafama no jardim. No âmbito dos 18 anos do CCVF, o espaço vai ainda acolher a estreia de “Palco Principal”, do coletivo SillySeason.
Até dezembro, o CCVF recebe “Campo Força Chama”, de Josefa Pereira (uma das vencedoras da primeira edição do projeto CASA), Cinematic Orchestra, Jazzanova, a 10.ª edição do Mucho Flow, o 32.º Guimarães Jazz, novos trabalhos de Hugo Calhim Cristóvão & Joana von Mayer Trindade e Raquel Castro, entre outras atuações e iniciativas.