Nos últimos dois meses, os preços de itens básicos na alimentação dos portugueses têm registado um aumento expressivo.
Segundo uma análise realizada pela plataforma de comparação de preços de supermercados Kabaz.pt, as laranjas lideram o ranking de aumentos, com um crescimento de 46,51% no preço por quilo.
O esparguete segue-se, com um aumento de 15,73%, enquanto os ovos e o azeite também viram seus preços dispararem, com aumentos de 14,35% e 12,96%, respetivamente.
Apesar da lista de produtos alimentares essenciais abrangidos pelo IVA ZERO ter subido menos de 1% no mesmo período, a análise revela um aumento médio de 0,9% nos preços.
A lista de 45 produtos essenciais custava, em média, 139,73 euros em 5 de abril, o que representa um acréscimo de 1,25 euros desde 5 de fevereiro.
Entre os produtos que tiveram aumento de preço, além dos mencionados, também se destacam a bebida vegetal de aveia (20,27%), a manteiga (10,46%), as ervilhas (5,05%), o leite (3,72%), o atum (2,26%), o feijão (2,01%) e o grão-de-bico (2,01%).
No entanto, alguns produtos apresentaram uma descida de preço, como a curgete (-31,30%), a pera rocha (-21,34%), a perna de peru (-20,48%) e a couve (-20,13%).
Pedro Pimenta, Head of Business do Kabaz.pt, alerta para o impacto desses aumentos e afirma que “o encarecimento de produtos como laranjas acaba por influenciar outros itens, como os sumos, que também têm visto seus preços aumentarem nos últimos meses”.
“Alguns produtos têm sofrido aumentos constantes há cerca de um ano, como é o caso do azeite, que teve seus preços duplicados nesse período”, frisa.
Diante desse cenário, Pedro Pimenta destaca “a importância de os consumidores estarem atentos a falsas promoções, oscilações de preço repentinas e estratégias de venda que nem sempre são benéficas para o cliente”.
Pedro Pimenta recomenda fazer listas de compras e considerar a compra de produtos de supermercado online como estratégias eficazes para garantir compras informadas e ponderadas.
O Kabaz.pt se compromete a continuar a trabalhar para promover uma maior transparência nas grandes superfícies comerciais em relação à fixação de preços.