A procuradora-geral da República de Portugal, Lucília Gago, afirmou que a queda do governo de António Costa não foi um “golpe de Estado” e que o ex-primeiro-ministro socialista se demitiu por vontade própria.
Em entrevista à RTP, a procuradora destacou que a avaliação feita pelo primeiro-ministro é pessoal e política, não competindo ao Ministério Público fazer essa análise.
Destaques da Notícia
A procuradora-geral da República de Portugal, Lucília Gago, afirmou que a queda do governo de António Costa não foi um “golpe de Estado” e que o ex-primeiro-ministro socialista se demitiu por vontade própria.Lucília Gago ressaltou que “é importante que haja elementos que justifiquem a utilização de escutas telefónicas, como no caso do ex-ministro João Galamba, mesmo que não seja desejável que alguém fique sob escuta por tanto tempo”.
Lucília Gago citou como exemplos a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que não renunciaram aos seus cargos mesmo sendo alvo de investigações.
A procuradora-geral também rejeitou a ideia de que houve critérios políticos na escolha das datas das operações e defendeu a competência dos magistrados envolvidos.
No entanto, esta reconheceu que houve falhas no caso da Madeira, onde os detidos ficaram presos por 22 dias antes de serem liberados por um juiz.