Ricardo Costa, empresário bracarense, descartou uma candidatura à presidência da Câmara de Braga nas próximas eleições autárquicas de 2025. Mas confirmou que vai ter papel ativo político ao lado de uma candidatura e que será revelado em janeiro.
Em declarações ao E24, Costa afirmou que “não vou ser candidato a presidente da Câmara por nenhum partido, nem como independente”.
No entanto, o empresário não exclui a possibilidade de avançar no futuro, mencionando que “não sei se em 4, 8 ou 12 anos”.
“Sou daquelas pessoas que o ‘nunca’ e o ‘sempre’ são palavras que evito utilizar”, referiu ao E24.
Apesar de afastar a hipótese de uma candidatura a curto prazo, Ricardo Costa revelou o interesse em participar em projetos ligados à política local, desde que sejam inclusivos e envolvam a sociedade civil.
“Tem que ser um projeto superpartidário. Pode ser liderado por um partido, mas tem que envolver a sociedade civil”, referiu Ricardo Costa, para quem este tipo de iniciativas deve “continuar a colocar Braga na senda de crescimento dos últimos anos, iniciada com Ricardo Rio, mas com um foco renovado no bem-estar dos bracarenses”.
Braga: desafios, oportunidades e o futuro
Na análise à cidade, Ricardo Costa apontou alguns desafios que considera cruciais, como a mobilidade e a manutenção de espaços públicos, especialmente fora do centro urbano.
“Há um grave problema de mobilidade e manutenção de vias públicas e espaços públicos nas freguesias fora do centro”, alertou.
Além disso, destacou a necessidade de adaptar Braga às exigências das “smart cities” e desenvolver uma estratégia estrutural para resolver as questões de mobilidade.
Por outro lado, Costa elogiou a atratividade económica da cidade, impulsionada por instituições como a Universidade do Minho, Católica e o IPCA, e o ambiente seguro, embora tenha sublinhado que este último enfrenta desafios devido ao crescimento populacional.
Uma nova visão para Braga
Entre as oportunidades para o futuro, o empresário destacou a possibilidade de Braga crescer em direção ao rio Cávado, criando uma nova centralidade que contribuiria para aliviar a pressão no centro urbano e oferecer novas zonas de lazer e residenciais.
“Com alguma tristeza, vejo que nunca houve uma orientação política para desenvolver Braga junto ao rio Cávado. Precisamos de uma nova centralidade, como acontece nas grandes cidades europeias”, afirmou.
Ricardo Costa acredita que o próximo ciclo autárquico deve focar-se na qualidade de vida dos bracarenses.
“É tempo de cuidar da felicidade e do bem-estar das pessoas que vivem em Braga, para que possam dizer ‘é bom viver em Braga’”, concluiu.