A erosão marítima voltou a afetar a praia de Moledo, em Caminha, levando à interdição de parte do areal.
A força do mar retirou a areia da duna e expôs os geocilindros instalados há cerca de dez anos para travar o avanço das águas, dividindo o areal e colocando em risco os banhistas.
Três acessos foram encerrados e a Polícia Marítima reforçou a vigilância.
A Junta de Freguesia de Moledo, a Câmara de Caminha e o concessionário alertam para o perigo crescente, acusando a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de inação, apesar da promessa de reposição de areia antes do verão.
Técnicos alertam que só em 2027 poderá haver uma intervenção de fundo.
O local é agora um perigo, em especial para as crianças, devido a um agueiro que se formou junto aos geocilindros. A praia de 60 barracas passou para 25.
A APA admite agora uma “intervenção de emergência” ainda este verão. Pimenta Machado, presidente da agência, garante que Moledo “é uma prioridade”, assim com zonas em Esposende, o que torna estes dois concelhos na linha da frente dos danos avanço ao avanço do mar.
A parte norte da praia perdeu grande parte do areal, enquanto a zona sul viu o areal engrossar, mas com menos espaço útil. A preocupação aumenta com a aproximação do inverno, temendo-se que o mar avance até à estrada e habitações próximas, caso nada seja feito.