Luiz Costa, administrador da empresa de transportes rodoviários Auto Viação do Minho, criticou a Câmara do Porto por excluir a possibilidade de uma paragem intermédia junto ao hospital de São João.
O problema surgiu após a mudança dos terminais rodoviários para Campanhã, o que tem causado transtornos aos moradores do Alto Minho, assim como de Esposende, que necessitam se deslocar ao Hospital de São João para consultas ou ir simplesmente para o trabalho.
Luiz Costa afirmou que, durante as reuniões realizadas com a Câmara do Porto, foi enfatizado que as paragens intermédias são apenas para as carreiras regulares, não sendo permitidas para os serviços expressos.
Segundo este, a Câmara afirmou que as únicas paragens permitidas para os expressos seriam no Terminal Intermodal de Campanhã. No entanto, ele colocou-se à disposição para fazer o pedido de paragem intermédia, mesmo sabendo que seria recusado.
A fonte da Câmara do Porto, afirmou que “não impôs nada” ao operador e que foi dada a opção de escolher entre a paragem intermédia da Asprela, a paragem intermédia de São João e o Terminal Intermodal de Campanhã.
A autarquia se mostrou disponível para rever a solução e atender às necessidades da empresa, mas isso implicaria abrir mão da paragem no Terminal Intermodal de Campanhã.
Luiz Costa mencionou que a empresa alertou, em várias reuniões, sobre os problemas e custos que essa decisão acarretaria. Segundo este, os passageiros têm contestado bastante essa mudança, e muitos ficam perdidos ao chegar ao Terminal Intermodal de Campanhã.
Ele ressaltou que essa solução não atende às pessoas que utilizam os expressos para chegar ao Hospital de São João, ao Instituto Português de Oncologia (IPO) e aos polos universitários. Além disso, o transporte do Terminal Intermodal de Campanhã para o IPO fica mais caro do que a viagem de Viana do Castelo para o Porto.
A Auto Viação do Minho opera três expressos diários com destino ao Porto, oferecendo um total de 150 lugares. A rede Expressos também oferece conexão entre Viana do Castelo e o Porto.
Em resposta ao apelo feito pelo PCP de Viana do Castelo, a Câmara do Porto justificou a medida de retirar a paragem de autocarros junto ao hospital de São João como uma forma de diminuir a pressão sobre o sistema viário.
O município realizou reuniões com os operadores de transporte público rodoviário, as Autoridades de Transporte e o gestor dos terminais rodoviários para apresentar o plano e a cronologia da alteração das paragens intermunicipais e inter-regionais.
O presidente da CIM do Alto Minho, Manoel Batista, afirmou que não possui uma visão objetiva da situação, mas garantiu que buscará informações sobre o assunto junto às equipes técnicas nas áreas de transportes e jurídica. Este ressaltou que, se for possível a intervenção da CIM do Alto Minho, ela acontecerá.