Conhecido como “Edu”, este viu o clube que representa como pugilista, o SC Braga, suspender a sua atividade desde de ter conhecimento do caso.
Como noticiou em primeira mão o E24, a operação da PSP, que aconteceu ao longo desta semana, resultou na detenção de 14 pessoas e na apreensão de estupefacientes, dinheiro e armas de fogo.
Eduardo Cameselle, de 33 anos e natural de Barcelos, é acusado de liderar um grupo associado ao tráfico de drogas, com acusações que incluem associação criminosa e tráfico de drogas agravado, segundo informações do Ministério Público.
Durante a operação, a PSP apreendeu aproximadamente 200 gramas de resina de cannabis e uma série de outros materiais relacionados ao narcotráfico na residência de Edu.
No tribunal, Eduardo Cameselle, juntamente com a sua mulher, cunhado e namorada deste, foi colocado em prisão preventiva na sexta-feira. Além disso, dois alegados fornecedores de haxixe também foram alvo da mesma medida.
Eduardo Cameselle, cujo pai foi treinador do Gil Vicente FC e sobrinho do falecido Dito, era um pugilista ativo e competiu recentemente na Taça de Portugal na categoria de pesos pesados, representando o SC Braga. A prisão do atleta pegou o clube de surpresa, que imediatamente suspendeu o seu contrato.
Além da sua carreira no boxe, Edu já havia atuado como futebolista em clubes regionais do Minho, tendo começado nas categorias de base do SC Braga. A sua família tem origem na região vizinha da Galiza, Espanha. Notavelmente, Edu mantinha uma academia de boxe chamada “Boxing Clube de Barcelos”, que o Ministério Público alega ser um negócio de fachada para o tráfico de drogas.
A academia de boxe, de acordo com as investigações da PSP, teria servido como uma cobertura para as atividades ilícitas do grupo.
A operação antidroga se estendeu por várias cidades, incluindo Barcelos, Viana do Castelo e Valença do Minho, e resultou na apreensão de cocaína, haxixe, dinheiro, armas de fogo e outros materiais relacionados ao tráfico de drogas.
O tráfico de drogas em Barcelos parecia ter o seu epicentro na Rua do Doutor Aníbal Araújo, próximo à Junta de Freguesia de Arcozelo, com uma crescente competição entre grupos rivais pelo território.
A PSP apurou que um túnel na confluência das ruas do Doutor Aníbal Araújo e de Tomé de Sousa era um local preferido para o narcotráfico devido aos múltiplos acessos que dificultavam o controle e as operações policiais.
Recentemente, no entanto, as atividades ilícitas também se espalharam para a zona ribeirinha de Barcelos devido à sua vida noturna movimentada.
Este grupo de narcotraficantes operava com regras estritas, ameaçando e até agredindo aqueles que se recusassem a participar ou desistissem das atividades ilícitas.
Dois antigos membros do grupo foram forçados a emigrar, temendo represálias, com um indo para a Córsega e o outro para o Brasil.