Um estudo da Universidade do Minho alerta para a falta de preparação dos professores de Biologia e Geologia do ensino básico e secundário em Portugal para abordar temas de ecoética — uma área emergente centrada na responsabilidade ética perante o ambiente.
A investigação, desenvolvida por Luísa Carvalho no âmbito do seu doutoramento em Ciências da Educação, conclui que, embora os docentes reconheçam a importância da sustentabilidade, admitem limitações na sua formação inicial e contínua sobre o tema.
O estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, envolveu 293 questionários e entrevistas a 10 professores.
Carvalho defende que é “urgente rever os programas curriculares e investir na formação docente” para garantir uma educação ambiental mais profunda e transformadora. Segundo a investigadora, a ecoética pode ser chave na promoção de cidadãos mais conscientes e comprometidos com a sustentabilidade.
Natural de Braga, Luísa Carvalho tem 36 anos e uma carreira dedicada ao ensino e à investigação no Instituto de Educação da UMinho.
Participou também num projeto de reforma curricular na Guiné-Bissau, em parceria com a UNICEF e a Fundação Gulbenkian.