A cidade de Braga viveu um dos dias mais atípicos da sua história recente. Um corte de energia, registado por volta das 11h30, mergulhou o concelho no caos, com a população a aguardar ansiosamente pela normalização.
A energia começou a regressar de forma gradual apenas às 21h00, embora vários pontos continuassem sem eletricidade.
O apagão, segundo o primeiro-ministro, está relacionado com um aumento abrupto da tensão na rede elétrica espanhola, que afetou também outros países europeus.
Para gerir a crise, vários município do Minho ativaram o Planos Municipais de Emergência. Por exemplo, em Braga declarou-se situação de alerta municipal, mobilizando recursos como camiões de água e combustível para lares e hospitais.
O impacto foi visível em toda a cidade de Braga: supermercados e bombas de combustível registaram grandes filas, estabelecimentos comerciais encerraram e os semáforos ficaram inoperacionais, complicando o trânsito.
O hotel Meliã foi encerrado e o túnel da Avenida da Liberdade manteve-se aberto apenas graças a um gerador. A ULS de Braga reportou constrangimentos pontuais, mas sem comprometer a atividade clínica.
Nas ruas, caixas multibanco inativas e cafés com esplanadas cheias contrastavam com o vazio das lojas. Muitas vendas ocorreram apenas com pagamento em dinheiro, registadas manualmente, num regresso a práticas antigas.
A escassez de informação originou várias especulações e mensagens falsas a circularem via WhatsApp.
Apesar disso, o primeiro-ministro garantiu que os serviços essenciais mantiveram-se operacionais, demonstrando capacidade de resposta do Estado.
De acordo com a E-Redes, às 21h30 estavam parcialmente ligadas 147 subestações, alimentando cerca de dois milhões de clientes. Contudo, a empresa alerta para possíveis demoras na reposição total do abastecimento.
A energia regressa lentamente a Braga, mas a normalidade plena ainda está por conquistar.