Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, realçou recentemente a relevância da profissionalização na organização dos atos eleitorais, destacando a importância das recomendações da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
O autarca, um dos prováveis candidatos à Câmara de Braga em 2025, sublinhou que a Junta de Freguesia e o Município de Braga têm seguido um modelo funcional eficiente, implementado pela primeira vez nas eleições presidenciais de janeiro de 2021 e replicado nas legislativas de 2021 e 2024, bem como nas eleições europeias de 2024.
Recorde-se que o autarca foi visado com recomendação pela CNE no âmbito das eleições autárquicas de 2021.
Segundo Ricardo Silva, este modelo foi elogiado por garantir uma experiência de voto segura e eficaz, sendo capaz de acolher e orientar cerca de 25.000 eleitores nas diversas secções de voto.
“Estas recomendações da CNE são bem-vindas, porque corroboram a nossa posição de que é necessário profissionalizar estes processos”, afirmou Ricardo Silva, referindo que a Junta já tem um sistema assente em pessoal contratado pelo Município para a gestão e organização do ato eleitoral.
Ricardo Silva aproveitou a oportunidade para desmentir alegações de interferência no sentido de voto por parte dos gestores das filas nas assembleias de voto da freguesia.
“Nenhum cidadão eleitor em São Victor reportou qualquer tentativa de indução no sentido de voto. Os elementos de gestão estavam presentes apenas para orientar, não para influenciar”, garantiu.
O presidente da Junta de São Victor também destacou as “falhas” na formação dos agentes eleitorais, especialmente dos presidentes das secções de voto e dos delegados.
“É preocupante que, em caso de dúvidas ou problemas, muitas vezes recai sobre o presidente da Junta a responsabilidade de intervir, quando, na verdade, deveria ser o presidente da secção de voto a tomar decisões”, explicou, sugerindo que os partidos políticos deveriam investir mais na formação dos seus representantes.
Ainda sobre as recomendações da CNE, Ricardo Silva chamou a atenção para a questão de quem pode estar presente nas assembleias de voto.
“As secções de voto não permitem a presença de não eleitores. Curiosamente, o cidadão que se apresentou como denunciante não é eleitor em S. Victor, o que levanta dúvidas sobre como conseguiu aceder a um local restrito”, afirmou, questionando também o papel da CNE neste caso específico.