O dirigente do Bloco de Esquerda (BE) e deputado na Assembleia da República, José Soeiro, acusa a Prozis, empresa com sede em Esposende, de «javardice laboral».
Na base desta acusação está uma publicação do “despedimentos.pt”, que dá conta que a empresa, na unidade da Póvoa de Lanhoso, «despediu trabalhadores com contrato a termo no limite de renovações e outros são depois contratados para fazer as mesmas tarefas».
«A Prozis apresenta-se como uma empresa jovem e cheia de práticas modernas, mas depois comporta-se reproduzindo as mais velhas táticas de exploração. Despedir precários para contratar outros para o mesmo posto de trabalho é uma ilegalidade e uma javardice laboral», frisa o deputado do BE.
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Esta não é a primeira vez que a Prozis fica sob suspeita, pois denuncias iguais foram reportadas na unidade da Maia logo na primeira fase da pandemia.
Nesta situação de despedimento terão estado cerca de 20 trabalhadores que estão a terminar o terceiro contrato de seis meses, «evitando que se tornem efetivos», diz a plataforma.
O despedimentos.pt conclui que «a empresa segue, assim, uma estratégia de precarização, não hesitando em atirar dezenas de trabalhadores e trabalhadoras para o desemprego neste momento crítico para a comunidade, apesar de comunicar que o negócio continua a crescer».
A Prozis é um empresa portuguesa, fundada em 2007, que se dedica à produção e comercialização de produtos de nutrição desportiva, saúde e vestuário. Em 2018, atingiu um volume de negócios de 120 milhões de euros, um valor que, segundo a empresa, continuou a aumentar.