Carlos Silva, médico e até há pouco presidente da Assembleia Municipal de Esposende, anunciou hoje a sua candidatura independente à presidência da autarquia, rompendo com o PSD, partido pelo qual tinha sido eleito.
A decisão surge após o descontentamento com o processo interno do partido. Carlos Silva revelou detalhes e afirma mesmo que em 2023 foi inicialmente convidado pelo então presidente da câmara, Benjamim Pereira, para liderar a lista do PSD às autárquicas de 2025.
No entanto, a concelhia optou por outro nome: Guilherme Emílio, atual presidente da autarquia. O nome do atual presidente da Câmara também foi validado pela distrital do PSD.
Ora, Carlos Silva, que tem como slogan “Mudança para Todos” frisa que “o processo de escolha foi tudo menos transparente”.
“Houve uma votação à mão levantada, sem liberdade. Isto não é democracia”, denunciou Carlos Silva em conferência de imprensa, acusando o PSD local de ser controlado por um grupo restrito.
Ao seu lado estará Alberto Figueiredo, ex-presidente da câmara por uma década, que encabeçará a lista à Assembleia Municipal.
Carlos Silva reforça que a sua candidatura será transversal, com listas em todas as freguesias e centrada em “serviço público, proximidade e integridade”.
Recusa o “poder pelo poder” e promete uma alternativa às práticas partidárias que diz rejeitar.
Carlos Silva não quis avançar nomes. “Tudo que se pode dizer neste momento é especulação”, disse, mas garantiu que estão a ser realizadas reuniões por todas as freguesias.
“Vamos apresentar candidatos em todos. Aliás, este processo nasce das pessoas para as pessoas”, frisa.
Abordado pelo E24 sobre nomes como padre Cândido Sá ou Aurélio Neiva na lista, o médico de profissão referiu que “há muita gente com o nosso movimento”.
“Temos muitos trabalhadores da Câmara connosco. Há receios com represálias, mas até o próprio PSD está quase todo connosco. O atuas presidentes da Junta da UF de Fão e Apulia, de Marinhas, Gandra e Esposende, assim como o antigo chefe de gabinete da presidência de Benjamim Pereira estão com o nosso movimento”, frisou o candidato,
Do lado socialista, o PS avança com Pedro Durães Leite, numa disputa que se adivinha renhida num concelho onde, em 2021, o PSD conquistou seis mandatos e o PS apenas um.
A campanha promete agitar o cenário político de Esposende, com uma candidatura independente a desafiar os protagonistas tradicionais.
(atualizações em breve)


