O concelho de Esposende é um dos municípios que mais freguesias recupera e celebra hoje um marco histórico com a confirmação da desagregação das freguesias pela Assembleia da República.
O novo mapa territorial será composto por 13 freguesias e uma União de Freguesias, marcando o fim de um processo longo e complexo.
A única exceção é a União de Freguesias de Fonte Boa e Rio Tinto, que permanece inalterada, dado que Rio Tinto não cumpre os critérios legais para a desagregação.
As restantes freguesias — Esposende, Marinhas, Gandra, Belinho, Mar, Palmeira de Faro, Curvos, Apúlia e Fão — retomam a sua autonomia, juntando-se às freguesias que nunca perderam essa condição: Antas, Forjães, Gemeses e Vila Chã.
“Hoje é um dia histórico para o Município e para as freguesias do concelho”, declarou Guilherme Emílio, Presidente da Câmara de Esposende.
“Fez-se justiça face a um processo que nunca deveria ter ocorrido, dado que a agregação nada trouxe de benéfico para as freguesias e as suas populações”, afirmou o autarca, sublinhando que “a reposição da autonomia era uma questão da mais elementar justiça”.
Guilherme Emílio destacou ainda o empenho do Município e das instituições locais.
“No concelho de Esposende sempre se verificou coerência no pensamento e nas ações dos envolvidos no processo. Tanto a Câmara como a Assembleia Municipal e as Juntas de Freguesia sempre se manifestaram contra a agregação”, frisou ao E24
Desde dezembro de 2021, quando surgiu a possibilidade de reversão do processo, o Município liderou diligências para garantir a desagregação.
O esforço incluiu reuniões com entidades locais e o apoio técnico de uma comissão especializada. O trabalho culminou na aprovação do decreto-lei que oficializa a autonomia das freguesias, um desfecho que reflete a união e determinação de toda a comunidade de Esposende.
Com este desfecho, Esposende reafirma o compromisso com as suas freguesias, garantindo o respeito pela identidade e autonomia de cada uma delas.