Dois militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Esposende foram afastados das suas funções e estão sob medidas de coação impostas pelo Tribunal Judicial de Braga, numa decisão que dá seguimento a investigações conduzidas pela Polícia Judiciária.
Em resposta ao E24, a GNR informou que o comandante-Geral da GNR determinou, a 13 de dezembro de 2024, a aplicação de medidas disciplinares provisórias de Suspensão Preventiva de Funções aos militares envolvidos como noticiado pelo E24.
A ação visa garantir o afastamento dos mesmos de quaisquer atividades operacionais enquanto decorrem as investigações.
Em decisão adicional do Tribunal Judicial, os militares estão proibidos de exercer funções na GNR, sendo-lhes ainda imposta a obrigação de não contactar os condutores fiscalizados identificados no processo e de não manterem contacto entre si.
O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária, que continuará a averiguar os factos que levaram à aplicação das medidas preventivas e disciplinares.
Os militares são suspeitos de ter ficado com parte do dinheiro de multas ou de não as cobrarem, recebendo algum dinheiro em troca.
As buscas passaram, também, pelas residências dos dois guardas. Os dois são guardas “patrulheiros” que andam na cidade ou no concelho em missão de garantia de segurança e que fiscalizam aspetos vários, entre os quais os do estacionamento e de outras irregularidades.
O E24 sabe que várias pessoas têm se dirigido às autoridades denunciando ter sido vítimas dos “patrulheiros” depois do caso ter-se tornado público.