São 200 “guardas-provisórios” que se juntaram à equipa de 700 efetivos da operação policial da Guarda Nacional Republicana (GNR) para a 57ª edição do WRC Vodafone Rali de Portugal 2024.
A GNR garante que estes “guardas provisórios” não fazem parte do efetivo de segurança e que estão ali para apreender.
Depois de questionado pelo E24 com a eventual falta de efetivo no Rali de Portugal e ter recorrido aos guardas-provisórios, a GNR refere que são 700 operacionais têm como função garantir “a segurança nos deslocamentos, acessos e a segurança do evento e dos espectadores”.
“Nesta Operação estão empenhados militares de várias unidades da Guarda, designadamente. De diversos Comando Territoriais, nomeadamente das valências de âmbito territorial, trânsito, intervenção, cavalaria e cinotécnica. Da Unidade de Intervenção, na valência de ordem pública. E da Unidade Nacional de Trânsito”, afirma a GNR.
O dispositivo de segurança da Guarda, prevê o empenhamento diário de cerca de 700 militares (em média), até ao dia 12 de maio.
“Este dispositivo atuará de forma preventiva e está preparado para todo o tipo de situações que possam colocar em causa a segurança da prova”, dá nota a GNR, que quanto à utilização dos guardas-provisórios estes estão enquadrados “no âmbito da formação em exercício”.
E os “estagiários”?
“A Guarda Nacional Republicana irá ter a presença de cerca de 200 Guardas-Provisórios, os quais se encontram a frequentar o Curso de Formação de Guardas, numa ótica de aprendizagem e partilha de experiência, situação que faz parte da formação/estágio e que já tem vindo a ser empregue nos grandes eventos, tal como aconteceu na Jornada Mundial da Juventude. Estes militares não fazem parte do efetivo nomeado para a operação do Rali”, frisa a GNR.
Refira-se que ao E24 foi denunciado que a GNR estaria a exigir a presença de “guardas provisórios” empenho total durante o Rali de Portugal, de quinta-feira a domingo.
“Como guardas-provisórios, os estagiários não podem receber remuneração pelo serviço prestado. Esta medida, ao invés de proteger os interesses dos seus elementos, parece servir para evitar qualquer forma de protesto, ao mesmo tempo que agrada a figuras como Carlos Barbosa, que criticou os valores pagos à GNR por um serviço muitas vezes exaustivo e prolongado”, dá nota o mail recebido pelo E24.
“Esta situação cria um precedente preocupante, já que os guardas-provisórios não têm autoridade para manter a ordem pública, nem podem fazer detenções ou portar arma de fogo”, deu nota ainda o mail.