Bloco de Esquerda prosseguiu a sua campanha para as legislativas com uma ação em Esposende, onde Francisco Louçã, cabeça de lista do partido por Braga, expressou preocupações sérias com os efeitos das alterações climáticas na região.
Durante uma “Conversa de café” com simpatizantes e candidatos, foram debatidos temas como os baixos rendimentos, a habitação e as mudanças climáticas.
Manuel Pereira, candidato residente em Esposende, salientou que Portugal está atrasado no cumprimento da Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2030.
Apontou ainda que o país apresenta áreas protegidas degradadas e uma elevada percentagem de espécies ameaçadas, consequência da falta de investimento e recursos humanos na conservação ambiental.
A nível local, a degradação do Parque Natural do Litoral Norte e do Parque Nacional da Peneda-Gerês é evidente.
Bruno Maia reforçou a urgência de reforçar o número de vigilantes da natureza e técnicos especializados, essenciais para travar a destruição ambiental e o avanço da construção imobiliária desregulada.
Francisco Louçã defendeu uma resposta concertada à crise climática, sublinhando a importância de criar empregos sustentáveis e combater a vulnerabilidade social agravada pelos fenómenos climáticos extremos.
O dirigente bloquista apelou ainda à criação de uma Lei de Bases do direito humano à alimentação, defendendo remunerações justas para pequenos agricultores, num contexto onde se prevê uma quebra de 30% na produtividade agrícola.
Sobre a crise habitacional, Louçã criticou o aumento das rendas no distrito, com destaque para Esposende, um dos concelhos mais caros da região. O Bloco propõe a imposição de tetos máximos nas rendas como resposta imediata.