Morreu o Papa Francisco, informou hoje o Vaticano.
Papa apareceu pela última vez aos fiéis no domingo de Páscoa. Na véspera da notícia da sua morte, o papa Francisco apareceu aos fiéis na Basílica de São Pedro, para desejar boa Páscoa.
Esteve ausente da missa, mas escreveu a homilia em que fez apelos ao fim das guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza e lembrou que todas as vidas são preciosas.
O mundo prepara agora a despedida do líder da Igreja Católica que conquistou corações pela sua simplicidade, empatia e dedicação aos mais vulneráveis.
Jorge Mario Bergoglio, nascido a 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Argentina, fez história ao tornar-se o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o trono de São Pedro.
Eleito a 13 de março de 2013, após a renúncia inesperada de Bento XVI, o Papa Francisco escolheu o nome em homenagem a São Francisco de Assis, símbolo de humildade e defesa dos pobres.
Desde o início do seu pontificado, destacou-se pela proximidade com o povo, recusando muitos dos luxos tradicionais do Vaticano. Preferiu uma vida simples na Casa Santa Marta, optando por deslocar-se em veículos modestos e mantendo um contacto direto e caloroso com os fiéis.
O Papa Francisco foi um defensor incansável da justiça social, apelando ao acolhimento de migrantes e refugiados e denunciando as desigualdades económicas. A sua encíclica “Laudato Si'” (2015) marcou um momento histórico ao abordar a crise ambiental, chamando à responsabilidade de todos na proteção da “casa comum”.
Francisco procurou aproximar a Igreja das novas gerações e de quem se sentia excluído. Mostrou abertura ao diálogo inter-religioso e incentivou a reflexão sobre temas sensíveis como o papel da mulher na Igreja, a acolhida de pessoas LGBTQ+ e a comunhão para divorciados recasados. Embora enfrentando resistências internas, manteve-se firme na sua visão de uma Igreja misericordiosa e inclusiva.
Além de líder espiritual, foi também um diplomata hábil, promovendo a paz em conflitos internacionais e mediando a aproximação histórica entre Cuba e os Estados Unidos.
A sua mensagem de amor, compaixão e justiça social ressoou globalmente, conquistando católicos e não católicos. A sua partida deixa um vazio profundo, mas o seu legado de esperança e humanidade perdurará.