Portugal registou cerca de 63 admissões por cada cem habitantes, enquanto a média nos países analisados foi de 27 atendimentos.
Apesar disso, Portugal encontra-se abaixo da média em termos de gastos com saúde e consultas médicas presenciais.
O estudo, intitulado “Health at a Glance”, destaca que o elevado uso das urgências pode indicar cuidados de saúde inadequados e ineficientes, especialmente quando muitos pacientes procuram os serviços de urgência para condições não urgentes que poderiam ser melhor tratadas nos cuidados primários e comunitários.
O documento também revela que Portugal apresenta uma das maiores esperanças de vida entre os países analisados.
Além disso, o país conta com 5,6 médicos por mil habitantes, acima da média da OCDE.
No entanto, é importante mencionar que esse número inclui todos os profissionais com habilitação para exercer, não apenas os que estão efetivamente em atividade.
Outros dados destacados no estudo incluem a taxa de ocupação hospitalar, que está acima da média da OCDE, e o tempo médio de internamento, que é de aproximadamente 9,3 dias.
Em relação ao consumo de álcool, os portugueses consomem, em média, 10,4 litros por ano, enquanto a média nos países da OCDE é de 8,6 litros.
Apesar dos desafios identificados, o estudo também salienta que Portugal tem uma das mais baixas taxas de mortalidade infantil e uma prevalência relativamente baixa de obesidade e consumo de tabaco.
Em resumo, o estudo da OCDE destaca o elevado uso dos serviços de urgência pelos portugueses, aponta para a necessidade de melhorar os cuidados primários e comunitários, e destaca também os pontos positivos, como a esperança de vida elevada e a baixa taxa de mortalidade infantil.