A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) confirmou que tomou conhecimento de uma situação de troca de doentes no Hospital de Viana do Castelo através da Cruz Vermelha Portuguesa, no dia 31 de março.
O incidente ocorreu durante o transporte de um doente que deveria regressar a casa Vila Praia de Âncora (Caminha, distrito de Viana do Castelo), mas foi erroneamente substituído por outro com o mesmo nome e acabou por ir parar a Melgaço.
Segundo a verificação interna realizada pela ULSAM, “a guia de transporte foi corretamente entregue à transportadora, mas continha uma informação desatualizada sobre a localização do doente dentro do hospital”, assume a ULSAM.
No momento do transporte, não foi feita a confirmação cruzada da identidade do paciente, levando ao erro.
O equívoco foi identificado apenas à chegada do doente ao destino, na freguesia de Parada do Monte, em Melgaço (distrito de Viana do Castelo) , após percorrer mais de 100 quilómetros.
O paciente transportado por engano reside em Vila Praia de Âncora e chama-se José Lima. Este foi levado no lugar de José Alves, de 88 anos, um doente oncológico com outras complicações de saúde.
José Alves tinha sido internado na sexta-feira anterior com problemas respiratórios e recebeu alta na segunda-feira.
A transportadora, ao detetar a troca, corrigiu de imediato a situação. No entanto, o caso gerou preocupação entre familiares e autoridades de saúde.
Em resposta ao incidente, a ULSAM garantiu que irá reforçar os procedimentos internos para evitar situações semelhantes no futuro, exigindo o cumprimento rigoroso das normas de identificação antes do transporte de doentes.
“Reafirmamos o nosso compromisso com a segurança e o bem-estar dos utentes e estamos disponíveis para qualquer esclarecimento adicional”, declarou a entidade.
O caso no hospital de Viana do Castelo levanta questões sobre a necessidade de maior rigor nos protocolos hospitalares para garantir a segurança dos pacientes e evitar falhas que possam comprometer a sua integridade física e emocional.