A Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde (SCMVV) está a ser acusada “de não respeitar os direitos dos trabalhadores, discriminando-os nos salários e nos direitos” pelo Sindicato de Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurante e Similares do Norte (STIHTRSN) .
Segundo este sindicato, que hoje está à porta do Hospital de Vila Verde da SCMVV em ação de protesto e esclarecimento, “há funcionários com a mesma categoria profissional e a mesma antiguidade recebendo salários diferentes”.
“Com uma diferença de 100 euros mensais. Um exemplo disso são as auxiliares de ação médica, em que algumas recebem 820 euros e outras recebem apenas 927”, afirmam.
Além disso, o STIHTRSN refere que a SCMVV estará a discriminar os trabalhadores no subsídio de refeição, “pois um recebem 4,27 euros diários e outros 4,70”.
O sindicato propôs o nivelamento dos salários e subsídios de refeição para o valor mais alto, porém, a SCMVV terá recusado a proposta.
Outra questão levantada pelo STIHTRSN é a falta de progressão na carreira para alguns funcionários, “que ficam estagnados sem justificativa”.
“O sindicato propôs a implementação de um regime de diuturnidades para valorizar a antiguidade e experiência dos trabalhadores, mas a instituição também recusou essa proposta”, afirma os responsáveis deste sindicato.
“As escalas de horário são alteradas sem o acordo dos trabalhadores, o que dificulta a conciliação entre a vida profissional e pessoal e familiar. Enquanto alguns funcionários trabalham 36, 37 ou 38 horas semanais, outros trabalham 40 horas. O sindicato propôs a redução para 35 horas semanais para todos, mas a Misericórdia de Vila Verde recusou”, diz ainda o sindicato.
O STIHTRSN dá nota ainda de outro incumprimentos, tais como “as mínimas condições de saúde e segurança no trabalho”.
“O sindicato chamou a atenção para todas as irregularidades, porém, até o momento, a Misericórdia não regularizou nenhuma situação e recusou-se a reunir com o sindicato”, aponta ainda o sindicato.
“Os trabalhadores estão indignados e já realizaram uma greve. Inclusive, o senhor provedor tentou expulsar os trabalhadores que se manifestavam à porta. Neste sentido, pede-se apoio e solidariedade para essa causa”, afirma ainda o sindicato.
O E24 está a tentar ter uma resposta da SCMVV, via várias plataformas incluindo o mail, mas até ao momento sem sucesso.