A visita começou com uma reunião com o autarca Luís Nobre, e membros do executivo, onde forma conhecidos desafios e oportunidades que a região enfrenta.
Carvalhais esteve ainda na Aromáticas Vivas, em Carreço, onde teve a oportunidade de conhecer de perto as dinâmicas da produção local.
Em seguida, visitou a Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo, bem como o inovador Curso de Gastronomia e Artes Culinárias da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESTG-IPVC), em colaboração com a EHTVC.
O cerne da visita concentrou-se nos setores da pesca, agricultura e desenvolvimento rural.
Durante a reunião com o presidente da câmara, Carvalhais destacou que muitos dos desafios enfrentados pelas comunidades rurais estão intrinsecamente ligados à coesão territorial e social.
O presidente da câmara, por sua vez, apresentou à eurodeputada a iniciativa “Cidades Âncora para a Economia Azul”, uma rede urbana inter-regional liderada por Viana do Castelo, cujo objetivo é impulsionar a economia azul por meio de investimentos prioritários.
Esta iniciativa, integrada na Rede Urbana Interregional dos programas Regionais Norte2030, Centro2030, Lisboa2030, Alentejo 2030 e Algarve 2023, é composta por várias entidades, incluindo Aveiro, Lagoa, Oeiras, Peniche, Portimão, Setúbal, Sines, o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), Fórum Oceano, Sines Tecnopolo – Associação Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica Vasco da Gama e a Universidade do Minho. Carvalhais elogiou esta abordagem colaborativa, enfatizando que “se o objetivo é o mesmo, a solução passa por trabalhar em equipe”.
Durante o encontro, os investimentos em energias renováveis offshore em Viana do Castelo foram discutidos, assim como a Zona Livre Tecnológica de energias renováveis de origem ou localização oceânica ao largo de Viana do Castelo, que abrange uma área de 7,63 km².
O presidente da câmara sublinhou a importância de envolver os pescadores nos processos de decisão, reconhecendo o papel vital da comunidade piscatória no concelho.
Nobre enfatizou “a necessidade de conciliar diferentes sensibilidades em relação às novas necessidades e evoluções na região”.
Carvalhais também reconheceu que “a governança marítima implica a presença de novas atividades, como o offshore, e atividades tradicionais, como a pesca”.
A eurodeputada salientou “a importância de encontrar um equilíbrio entre as atividades tradicionais e as novas oportunidades oferecidas pela economia azul”, destacando que essas atividades “não são competidores, mas sim novas oportunidades para impulsionar as já existentes na região”.
Isabel Carvalhais expressou “otimismo” em relação ao potencial sustentável dessas sinergias para impulsionar o desenvolvimento local e regional.