O grupo Martifer, detentor da West Sea, subconcessionária dos estaleiros de Viana do Castelo, encerrou o ano de 2023 com a sua maior carteira de encomendas de sempre: 753 milhões de euros (um aumento de 300 milhões em comparação com o ano anterior), sendo que o setor da indústria naval representa 507 milhões do total.
É importante destacar que, para além dos navios turísticos para o conglomerado do empresário Mário Ferreira, os estaleiros de Viana do Castelo irão construir seis navios patrulha oceânicos para a Marinha, num valor aproximado de 300 milhões de euros, e um navio de cruzeiro de luxo, no valor de 100 milhões de euros, para o Japão.
De acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a indústria naval, incluindo os estaleiros da West Sea em Viana do Castelo e da Navalria em Aveiro, gerou vendas de 63 milhões de euros, contribuindo para uma faturação global da Martifer de 219,9 milhões de euros no exercício de 2023, um acréscimo de 8,4 milhões em relação ao ano anterior.
A construção metálica representou quase dois terços (140,4 milhões de euros) do volume de negócios do grupo de Oliveira de Frades, enquanto as energias renováveis geraram o restante das receitas.
Segundo a mesma fonte, no final de dezembro, a dívida bruta do grupo Martifer era de 91 milhões de euros, uma redução de seis milhões em relação ao ano anterior, enquanto a dívida líquida registou uma diminuição de 33 milhões para apenas 8 milhões de euros.
No comunicado à CMVM, a Martifer revela a sua intenção de aumentar a sua capacidade de reparação naval “através da construção de uma nova doca seca nos estaleiros em Viana do Castelo”.
O objetivo é posicioná-los “como um dos mais importantes estaleiros da Europa nesta área e tornar as atividades de reparação e construção naval cada vez mais equilibradas no peso relativo do volume de negócios”.