Na madrugada de hoje, 33 elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Braga surpreenderam ao dirigirem-se ao Comando Distrital por volta da meia-noite, com a intenção de entregar as armas ao oficial de serviço.
Segundo informações obtidas pelo E24, às 00h55, os guardas estavam reunidos com um comandante de divisão.
Estes discutiram a decisão de entregar as armas como forma de manifestação.
A ação ocorre em meio a reivindicações por melhores condições de trabalho, não só em Braga, mas também no resto do país, revalorização das carreiras e um vencimento considerado digno pelos agentes das forças de segurança.
Simultaneamente, noutras localidades, a situação também se mostra tensa.
Na Esquadra de Famalicão, a escassez de efetivos é alarmante devido a motivos de doença, com apenas um graduado de serviço no momento, comprometendo a capacidade de resposta em caso de ocorrências.
Em Barcelos, a situação não é mais favorável, com apenas três policiais trabalhar e três ausentes por motivo de doença, evidenciando o impacto do movimento de descontentamento nas fileiras das forças de segurança.
O descontentamento que culminou nesta manifestação começou há mais de três semanas, após a iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa.
Os elementos da PSP e da GNR reivindicam o pagamento de um suplemento de missão equivalente ao existente na Polícia Judiciária (PJ), além de exigirem a valorização das carreiras e um vencimento condigno para os profissionais da área.