O Município de Esposende aprovou hoje, com os votos dos vereadores do PSD e da Juntos Pela Nossa Terra, uma moção por unanimidade “Pela Eliminação da Cobrança de Portagens na A28” (ver aqui documento). O Governo havia anunciado uma redução (ver aqui), mas algo que não satisfaz os utentes.
Desta forma a autarquia, que sempre mostrou desde o primeiro dia total discordância com a cobrança na A28 aprovando em sede de Assembleia Municipal moções dos diferentes agrupamentos políticos com recomendações ao Governo, considera que Esposende sofre de uma «discriminação inaceitável, com reflexo direto na vida de todas as empresas, de todas as pessoas, ou seja, de toda a comunidade».
«Condições que obrigam, a que muito do tráfego feito dentro do próprio concelho, pelos seus munícipes seja cobrado, em virtude da existência de pórtico de cobrança na A28, que divide as freguesias a norte, das freguesias a sul do concelho. Mais ainda, Esposende é o único Município do norte litoral, que não tem alternativa de mobilidade externa, por via de transportes públicos, que não seja rodoviária, uma vez que não tem rede de ferrovia, nem linha de metro, tal como acontece com os concelhos vizinhos de Viana do Castelo e Póvoa de Varzim.
Condições que restringem a mobilidade no Município de Esposende e que infligem significativos prejuízos para a sua população e para as suas empresas. Uma efetiva discriminação negativa deste Município, que foi obrigado a reinventar as suas estratégias de mobilidade, investir em equipamentos e serviços, capazes de assegurar a atração de investimento e manter os níveis de competitividade para a geração de riqueza e a fixação de pessoas», lê-se no longo documento.
Desta forma Câmara Municipal de Esposende continua a defender, de forma intransigente, a eliminação da cobrança de portagens na A28.
«Uma eliminação global, para a totalidade desta via rodoviária e não de forma cirúrgica, por município da mesma família política do Governo, criando uma discriminação ainda maior entre territórios e cidadãos de diferentes territórios», aponta, recomendando ao Governo que «qualquer decisão relativa a esta via rodoviária, seja analisada de forma transversal, considerando de igual forma todos os Municípios do norte litoral, evitando acentuar ainda mais a discriminação entre territórios».
«Que essa análise considere sempre em primeira instância, os melhores interesses da população residente e do tecido empresarial, seguida dos interesses dos inúmeros trabalhadores, estudantes e outros, que de forma regular, necessitem de utilizar esta via estruturante e ainda considere a renovação da aposta na dinamização turística dos territórios do norte litoral, assegurando a mobilidade sem custos também para turistas e visitantes», aponta.
Recorde-se que outros municípios têm vindo a reclamar o fim das cobranças na A28, como caso de Viana do Castelo (ver aqui).