Depois das vigílias ao final do dia e noite, em várias cidade os agentes policiais já se concentra de dia e até fardados.
Fotografias divulgadas mostram os agentes uniformizados reunidos nas portas das esquadras em várias regiões, incluindo Lisboa, Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Braga, Guimarães, Castelo Branco, Espinho, Gondomar, Olhão e Tavira.
Em Viana do Castelo, onde vai decorrer este fim de semana o congresso do partido Chega, há concentrações marcadas para as 20h00 desta sexta-feira e sábado.
O protesto não se limitou apenas à PSP, com militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) também se juntando aos colegas de farda nas concentrações em frente aos postos da GNR.
O presidente do Sindicato Nacional de Polícia (Sinapol), Armando Ferreira, destacou que a concentração coincidiu com a mudança de turno dos polícias.
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos, confirmou que as concentrações foram espontâneas e contaram com a adesão de militares da GNR, que se uniram em solidariedade aos protestos em frente aos postos da Guarda.
O movimento, que já dura há quatro dias consecutivos, e são às centenas que, no caso do Minho, se concentram em Viana do Castelo e Braga.
Este protesto incluiu também uma concentração em frente ao parlamento e há agentes que já ficam em frente ao parlamento em sacos-camas em lutas por melhores condições.
Iniciado por um agente da PSP em Lisboa, o protesto está a ganhar cada vez mais apoio, com a participação crescente de membros da PSP, GNR e guarda prisional.
Os manifestantes expressaram seu descontentamento também através da paragem de vários carros de patrulha, principalmente no Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), por estarem inoperacionais e com diversas avarias.
Os protestos tiveram início após o governo aprovar, em 29 de novembro, o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da Polícia Judiciária, gerando insatisfação entre os membros da PSP e GNR.
A contestação, não organizada por sindicatos, levou à criação de uma plataforma composta por sete sindicatos da PSP e quatro associações da GNR, que cortou totalmente as relações com o Ministério da Administração Interna.
As mobilizações dos polícias têm sido coordenadas através das redes sociais, como Facebook e Telegram.