Em conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Barcelos referiu que esta iniciativa “visa envolver o maior número de pessoas possível, assinalando a efeméride mais importante da História recente de Portugal”.
Mário Constantino adiantou que este é “uma programação muito diversificada, agregadora, direcionada aos vários grupos e segmentos da população”, cujo objetivo é “perpetuar a Revolução dos Cravos, através da evocação de memórias, as quais hoje já são memória coletiva, mas também, e sobretudo, celebrar, viver, e projetar os princípios e valores da Liberdade e da Democracia”.
O autarca barcelense sublinhou que, enquanto “herdeiros da Revolução dos Cravos, temos a obrigação de zelar e não dar por segura e permanente essa preciosa herança”, pelo que todos devem ser “cidadãos vigilantes e proativos, na defesa dos seus valores e do Estado de Direito Democrático”.
Nesse sentido, acrescentou Mário Constantino Lopes, os portugueses não devem “baixar a guarda, nem nunca julgar que as conquistas de Abril estão perpetuamente adquiridas. É importante e imperioso que cada geração as deve reafirmar sempre e com muita convicção”.
Programação com Tertúlias e Conferências, Concertos Musicais, Exposições, Teatro, Poesia, Cortejos e Concursos
A programação das comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, que o Município de Barcelos vai promover ao longo de todo o ano, é muito diversificada e direcionada a todas as faixas etárias.
Síntese do Programa:
Ciclo de Tertúlias e Conferências
Cerca de 12 nas quais serão discutidos os mais diversos assuntos relacionados com a Revolução, mas também com abordagens sociais. Os temas são muito abrangentes e vão desde “O dia D” às “Comissões Administrativas da Câmara Municipal de Barcelos”, ao papel da mulher na democracia, passando pelo Poder Local, a 1.ª Câmara Municipal de Barcelos eleita, a Guerra Colonial, o PREC, a Comunicação Social, “Conversas da juventude de 1974 com a juventude de 2024: Que Futuro?”, e “Liberdade e Democracia: do 25 de Abril às Primeiras Eleições Livres”.
Ciclo de dez exposições
Das quais se destacam “Quem és tu? Um Teatro Nacional a Olhar para o País” – Odisseia Nacional – do Teatro D. Maria II; “ARCHIVUM | 50 anos | 25 de abril”, “25 de abril de 1974″| Fotografia de Alfredo Cunha” e a exposição documental “Silenciados: os livros que não podiam ser lidos”| exposição de livros censurados, com especial destaque para a censura no feminino.
Conjunto de publicações
Com apresentação diversas, casos do livro “Barcelos e o 25 de Abril de 1974 – a Administração Local e a Sociedade (1960 – 1989)”, do historiador barcelense, Dr. Victor Pinho; publicação com a identificação de todos os participantes da Assembleia Municipal desde o 25 de Abril, (edição da Assembleia Municipal de Barcelos); Lançamento do livro “Herdeiro do Cravo”, de Francisco Duarte Mangas.
Concertos musicais
Com Sérgio Godinho, Fernando Tordo, Luca Argel, Anónimos de Abril, ainda os concertos “Que força é essa – a Força da Música de Barcelos”, Concerto Mil Vozes a Cantar Abril, a “Ópera – Pequena História de um Povo com Memória, e a encerrar as comemorações um Concerto de Música Clássica.
Dois cortejos
Mobilizando a comunidade educativa, concretamente o Desfile com as escolas do concelho de Barcelos e o Desfile Recriação Histórica, com os grupos de teatro do concelho de Barcelos.
Teatro
Com a subida a cena de três peças; a componente de poesia com dois eventos específicos; o cinema, com a exibição dos filmes – “Capitães de Abril” e “Salgueiro Maia, o Implicado” e, finalmente, os concursos também dedicados à comunidade estudantil – “Pequenos Grandes Poetas” e “Um documento – Uma História”.