O Movimento de União em Defesa da Árvore (MUDA) voltou a chamar a atenção para o que consideram ser um crime ambiental no local conhecido como Bar do Fôjo, em Esposende, face ao abate de árvores naquela local.
O porta-voz do movimento, Nuno Agostinho, expressou “indignação” em relação ao “abate massivo de árvores, algumas das quais com mais de 50 anos, sem qualquer critério aparente”.
Na queixa a que o E24 teve acesso, e enviado a diversas entidades, incluindo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a GNR-SEPNA, Nuno Agostinho solicitou “a documentação que justificaria a operação, como relatórios fitossanitários e um plano de compensação ambiental, conforme estipulado na Lei 59/2021”.
O movimento destaca ainda que, apesar da intervenção se centrar no património edificado, o património natural foi gravemente negligenciado.
“A preservação das árvores deveria ser uma prioridade”, referiu o porta-voz, questionando onde e como será feita a compensação pelo abate.
Dados alarmantes sobre a perda de coberto arbóreo em Portugal foram também apresentados pelo movimento. De acordo com o Global Forest Watch, Portugal é um dos países que mais perdeu área florestal, com uma redução de 24,6%, apenas atrás de nações africanas como Mauritânia e Burkina Faso.
O advogado Joel Duarte, representante legal de uma das partes envolvidas, confirmou que vê indícios de violação da lei e informou que em breve será apresentada uma participação criminal.
“A questão não pode ser ignorada. Estamos perante uma violação flagrante da lei de proteção ambiental”, declarou.
O caso já atraiu a atenção de várias associações de defesa ambiental e está em análise pelas autoridades competentes. Enquanto isso, o movimento MUDA reafirma o seu compromisso em garantir que os responsáveis sejam identificados e que o património natural seja preservado para as futuras gerações.