A principal razão apontada pelas funerárias é a falta de acesso direto ao cemitério, tornando a utilização da estrutura inviável para os serviços fúnebres.
Localizada nos terrenos do horto municipal e adjacente ao cemitério municipal, a casa mortuária foi construída do zero pela autarquia, visando oferecer “condições de dignidade e sobriedade durante as cerimónias fúnebres”.
No entanto, desde a sua inauguração, o novo espaço permanece sem utilização.
Os responsáveis das funerárias destacaram a ausência de acesso direto tanto ao cemitério municipal quanto à igreja de Santo António, que obriga os profissionais a “andar às voltas” com o caixão, dificultando o processo fúnebre.
Além disso, os participantes nas cerimónias fúnebres são obrigados a realizar uma caminhada até a igreja ou cemitério, o que tem sido motivo de insatisfação por parte dos clientes.
Os agentes funerários alegam não terem sido consultados durante a elaboração do projeto, aprovado em 2020, e não foram convidados para a inauguração da casa mortuária em outubro.
“A casa mortuária está muito bem-feita, é muito bonita, mas não foi feita a pensar em quem lá trabalha. É muito bonito, mas para a vista. Na prática não é funcional”, criticou a gerência de uma das funerárias.
As funerárias consideram a solução antiga, representada pelas capelas mortuárias da Ordem Terceira, como a única alternativa viável, oferecendo uma ligação direta à igreja de Santo António e ao cemitério.
“Está tudo bem”
Fonte da autarquia disse a este jornal que aquele espaço “tem todas as condições operacionais para utilização e que não há nenhum problema que impeça o seu uso”.